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A Aula Magna da Pós-Graduação em Estado de Direito e Combate à Corrupção, realizada pela Esmat na noite desta terça-feira (30/8), contou com um grande público para a palestra do Procurador da República Deltan Dallagnol, que coordena as investigações da Operação Lava Jato.

Tendo em vista a grande expectativa por parte desse público que lotou o auditório, o salão do pleno e as áreas preparadas para os inscritos, a Esmat não tem dúvida de que os trabalhos da Pós-Graduação Lato Sensu serão de grande valia aos alunos, bem como destaque no Brasil por ser a primeira Escola a trabalhar com este tema no país.

Para a presidente da Asmeto, Julianne Freire Marques, "vivemos em um país que é preciso refletir sempre, o que fazer para acabar com a corrupção? É preciso começar já e trabalhar como formiguinhas vivendo de forma ética e fazendo nossa parte. Penso que teremos grandes oportunidades de debatermos esse importante tema nas aulas da Pós-Graduação que se inicia." Jullianne também é aluna da Pós-Graduação Combate a Corrupção.

Para o diretor geral da Esmat, desembargador Marco Villas Boas, "este é o momento ideal para o início da Pós-Graduação. Um curso singular, resultado da fusão de conhecimentos teóricos e práticos voltados a um estudo denso e solidificado do fenômeno da corrupção, e dos mecanismos governamentais destinados a promover o seu combate no plano das instituições e da vida pública brasileira." O diretor desejou boas-vindas aos alunos da Pós e ressaltou a importância da palestra para a Aula Magna.

Dellagnol falou por cerca de três horas, e com plateia atenta ressaltou: "nunca estivemos tão sensibilizados com o tema, e é este o momento de propor e apoiar medidas que combatam a corrupção."

Para o Procurador da República que coordena as investigações da Operação Lava Jato, o sistema de combate à corrupção no País é leniente, não funciona, incentiva a prática e só pune os mais pobres. “A punição da corrupção é uma piada e uma piada de mau gosto”, disse o procurador.

Em sua palestra, o procurador disse que a corrupção mata. “O paraíso de impunidade é um paraíso de corrupção. Mas é preciso também que a sociedade reconheça que nem todo político é corrupto”, afirmou. O procurador observou que o País perde R$ 200 bilhões com desvios de corrupção, e que só 3% dos casos são punidos.
Defendeu que o dinheiro público volte para os serviços essenciais.

Em sua reflexão final, apresentou as 10 Medidas Contra a Corrupção e afirmou: "Não vamos desistir do Brasil".
No encerramento, foi aplaudido de pé pela plateia.

A abertura do primeiro bloco das atividades contou com a participação do Presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargador Ronaldo Eurípedes; do diretor geral da Esmat, desembargador Marco Villas Boas; do corregedor-geral da Justiça do Estado do Tocantins, desembargador Eurípedes Lamounier; do procurador da República, Deltan Dallagnol; da presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Tocantins, juíza Julianne Freire Marques; do diretor adjunto da Esmat, juiz José Ribamar Mendes Júnior; e do coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu em Estado de Direito e Combate à Corrupção, professor doutor Tarsis Barreto.